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BrasÃlia/DF
A flexibilização da classificação de risco dos agricultores que renegociaram suas dÃvidas será um dos itens em análise na reunião de hoje do Conselho Monetário Nacional (CMN), segundo fontes do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC). Elas não confirmam, porém, a possibilidade da discussão da criação de um Fundo Garantidor de Crédito (FGC) especÃfico para o setor, que pleiteia esse benefÃcio de forma mais enfática há alguns meses.
A flexibilização do risco também é uma demanda antiga do setor, que se diz prejudicado pelas avaliações feitas pelas instituições financeiras no momento da tomada de crédito. Atualmente, segundo os produtores, a existência de qualquer débito de um agricultor já faz com que seja classificado como um tomador de alto risco. O que agricultores e pecuaristas desejam é que as análises sejam feitas separadamente, caso a caso.
De acordo com avaliação feita na semana passada pela presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), o Plano de Safra perde parte de sua importância se a flexibilização não for confirmada, porque, mesmo com recursos disponÃveis de financiamento, o produtor não tem acesso a essas linhas.
Já a possibilidade de criação de um Fundo Garantidor de Crédito especÃfico para o setor não está no front do BC nem da Fazenda, segundo as fontes. Pelo menos não neste momento, conforme aguardavam agricultores e pecuaristas. O fundo, que seria gerido pelo Banco do Brasil, teria funding de R$ 7 bilhões a R$ 10 bilhões. A CNA calcula que, sem a flexibilização e o FGC, de 20% a 30% dos produtores poderiam ficar à margem dos recursos disponibilizados pelo governo.
Apesar de o FGC não dever constar de discussão hoje, outros votos agrÃcolas serão avaliados no encontro, que reúne o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo. "Basicamente, serão votos complementares ao Plano de Safra", comentou a fonte da Fazenda.